Concurso de Estudantes | 9ª Bienal 2011 – Fragmentos Verticais – Coexistencia na Sé / André L.dos Santos, Felipe A. A.Vieira, Luiz G. S. Fernandes, Renan B. Machado e Paulo E. Scheuer

O projeto foi premiado no Concurso de Estudantes | 9ª Bienal Internacional de Arquitetura 2011 – Categoria: Destaque – Fragmentos Verticais – Coexistencia na Sé .

A construção do metrô, na década de 1970, desarticulou a praça Clovis Beviláqua, construída anteriormente com a demolição de uma quadra em frente ao atual Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde estavam o Palacete Santa Helena e o edifício Mendes Caldeira. Criou-se, então, um único espaço, um espaço órfão.

Implantação

No seu texto Arquitetura Para o Terceiro Milênio, Flávio L. Carsalade afirma que “a leveza da arquitetura está na sua forma de alçar vôo, mas com raízes profundas no solo em que se instala.” Mas o desenho fruto da intervenção do metrô é inapropriado e incoerente.Conformado por dois vazios, área imensa, não se lê um nem outro. Na estrutura da praça era legível há a subordinação do espaço público ao subterrâneo. Esta escolha levou a rigidez excessiva dos espaços, a falta de uma estrutura que favoreça a circulação e a fruição dos mesmos pelos pedestres.

Corte Longitudinal

Propomos a mesma descoberta e surpresa propiciada pelo desenho das vias e tipologias tradicionais no interior do edifício, partindo da elevação de duas plantas de quadras do entorno da Sé, com a projeção das edificações e a divisão fundiária (GEGRAN), nas fachadas laterais e extrudando as geometrias resultantes, formando volumes internos e os ligando sem uma lógica definida com as circulações internas, além de dividir os usos fragmentadamente nesses volumes internos, a fim de propiciar uma circulação cruzada de usuários no seu interior.

Cortesia Autores

Não se quer meramente reproduzir a volumetria das quadras históricas, mas sim propor algo que remeta a elas enquanto experiência espacial, desenho urbano e, portanto, experiência humana e social.

Cortesia Autores

A proposta pretende ser um discurso que possibilite cidadania, o reconhecimento no outro por meio do espaço coletivo. O partido do projeto lê as coexistências da cidade e encontra no desenho das quadras a reprodução desta dinâmica espontânea, transformando os limites dos lotes em volumetrias e fachadas.

Cortesia Autores

A multiplicidade e disposição destes ambientes favorecem e influenciam atos cidadãos: para habitar e transitar pelo espaço projetado, necessita-se ver e conviver com o homem e sua diversidade.

 

Ficha técnica:

  • Arquitetos:
  • Ano: 2011
  • Endereço: Praça Clóvis Beviláqua São Paulo Brasil
  • Tipo de projeto: Equipamento Urbano
  • Operação projetual:Intervenção
  • Status:Concurso
  • Materialidade: Vidro e Concreto
  • Estrutura: Concreto
  • Localização: Praça Clóvis Beviláqua, São Paulo, Brasil

Equipe:

  1. Alunos: André Luis dos Santos, Felipe Alberto Alves Vieira,Luiz Gustavo Sobral Fernandes, Paulo Eduardo Scheuer, Renan Bussi Machado
  2. Professor Orientador: Celso Lomonte Minozzi



  1. Créditos fotográficos: Renan Bussi Machado e Paulo Eduardo Scheuer
  2. Instituição de Ensino: Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Cita: Joanna Helm. "Concurso de Estudantes | 9ª Bienal 2011 – Fragmentos Verticais – Coexistencia na Sé / André L.dos Santos, Felipe A. A.Vieira, Luiz G. S. Fernandes, Renan B. Machado e Paulo E. Scheuer" 07 Fev 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-28808/concurso-de-estudantes-9a-bienal-2011-fragmentos-verticais-coexistencia-na-se-andre-ldos-santos-felipe-a-a-ponto-vieira-luiz-g-s-fernandes-renan-b-machado-e-paulo-e-scheuer> ISSN 0719-8906

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